Morreste...
Não sei porque demorei tanto tempo a escrever isto... Acho que foi por não o aceitar, por negá-lo e por me esquecer que a Morte é real... Por momentos senti raiva... Raiva por teres morrido, raiva por teres ido sem nos despedirmos, raiva por partires e não me teres levado contigo... Dentro da minha loucura habituei-me a acreditar que a Morte não passava de um sonho, de algo que já tinha ultrapassado há muito e que não voltaria a assombrar-me... Mas enganei-me... Ela voltou, e como voltou... Levou-Te, aquela que eu achava que nunca iria, aquela que não A temia que não A combatia, que A aceitava... Mas ainda assim a Ela levou-Te...
Quando soube que tinhas ido, que te tinhas juntado ás almas que nunca descansam, não acreditei... Alguém se devia ter enganado... Mas não... Quanto Te vi, quando vi o corpo em que arrastavas a tua alma nesta vida injusta e efémera, acreditei... Pude ver com os meus próprios olhos que o vulto que fazia o lençol erguer-se por cima do caixão eras Tu... Eras Tu que estavas ali, debaixo do lençol, deitada naquele caixão, naquela sala que por um momento me derrubou, e que parecia indiferente á tua partida... Mas eu não fiquei indiferente... Como poderia ficar? Finalmente foste derrubada, finalmente foste vencida, abandonando-Nos e deixando apenas em mim a Tua memória, os momentos eternos que foram sempre mais do que memórias, que ficaram no meu coração, mais presentes do que o sangue que me corre nas veias...
A tristeza desfez-me... Foi uma força avassaladora que me derrubou como se fosse apenas um obstáculo no Seu caminho, deixando-me perdido e continuando a Sua jornada. Chorei... Meu Deus como chorei... Tudo á minha volta parecia indiferente, as pessoas, o lugar, a sala, Tu... Senti-me sozinho na minha mágoa, na minha Saudade, e acima de tudo, senti-me ausente de mim próprio... Levaste uma parte de mim Contigo... Levaste a felicidade que uma vez houve em mim... Deixaste apenas a mágoa e a Saudade....
Quis despedir-me de Ti... Quis acreditar que ainda tinha essa hipótese, que ainda podia dizer adeus, que ainda podia sentir-Te em mim uma última vez... Quis Beijar-te...
Mas tu já não estavas ali... Ao levantar o lençol vi a tua cara... Mas já não eras Tu... A Tua cara tinha uma cor estranha, diferente, uma cor que eu nunca tinha visto na minha vida... Era a cor da Morte... Ainda assim acreditei... Acreditei que ao Beijar-Te iria sentir-Te uma última vez... Acreditei que num momento de loucura podia viver tudo aquilo que criámos juntos... Mas ao Beijar-Te não te senti... A tua cara estava fria, distante, ausente... Os meus lábios apenas sentiram o passado, que tal como Tu, nunca vai regressar...
Nada me fará esquecer-Te, nada fará com que o que resta de Ti se vá embora, nem mesmo a Morte... Nem mesmo ela, rainha da solidão, dona da Saudade, irá destruir o que fomos... Nem mesmo ela pode fazer isso...
Para sempre te Amarei, para sempre te recordarei...
Foste a minha vida e o meu refúgio,
A que rompeu a corda que eu nunca cortei...
A corda que me sufocava...
A corda que nunca esquecerei...
Quando soube que tinhas ido, que te tinhas juntado ás almas que nunca descansam, não acreditei... Alguém se devia ter enganado... Mas não... Quanto Te vi, quando vi o corpo em que arrastavas a tua alma nesta vida injusta e efémera, acreditei... Pude ver com os meus próprios olhos que o vulto que fazia o lençol erguer-se por cima do caixão eras Tu... Eras Tu que estavas ali, debaixo do lençol, deitada naquele caixão, naquela sala que por um momento me derrubou, e que parecia indiferente á tua partida... Mas eu não fiquei indiferente... Como poderia ficar? Finalmente foste derrubada, finalmente foste vencida, abandonando-Nos e deixando apenas em mim a Tua memória, os momentos eternos que foram sempre mais do que memórias, que ficaram no meu coração, mais presentes do que o sangue que me corre nas veias...
A tristeza desfez-me... Foi uma força avassaladora que me derrubou como se fosse apenas um obstáculo no Seu caminho, deixando-me perdido e continuando a Sua jornada. Chorei... Meu Deus como chorei... Tudo á minha volta parecia indiferente, as pessoas, o lugar, a sala, Tu... Senti-me sozinho na minha mágoa, na minha Saudade, e acima de tudo, senti-me ausente de mim próprio... Levaste uma parte de mim Contigo... Levaste a felicidade que uma vez houve em mim... Deixaste apenas a mágoa e a Saudade....
Quis despedir-me de Ti... Quis acreditar que ainda tinha essa hipótese, que ainda podia dizer adeus, que ainda podia sentir-Te em mim uma última vez... Quis Beijar-te...
Mas tu já não estavas ali... Ao levantar o lençol vi a tua cara... Mas já não eras Tu... A Tua cara tinha uma cor estranha, diferente, uma cor que eu nunca tinha visto na minha vida... Era a cor da Morte... Ainda assim acreditei... Acreditei que ao Beijar-Te iria sentir-Te uma última vez... Acreditei que num momento de loucura podia viver tudo aquilo que criámos juntos... Mas ao Beijar-Te não te senti... A tua cara estava fria, distante, ausente... Os meus lábios apenas sentiram o passado, que tal como Tu, nunca vai regressar...
Nada me fará esquecer-Te, nada fará com que o que resta de Ti se vá embora, nem mesmo a Morte... Nem mesmo ela, rainha da solidão, dona da Saudade, irá destruir o que fomos... Nem mesmo ela pode fazer isso...
Para sempre te Amarei, para sempre te recordarei...
Foste a minha vida e o meu refúgio,
A que rompeu a corda que eu nunca cortei...
A corda que me sufocava...
A corda que nunca esquecerei...