Caixa Infinita

É neste espaço pequeno que guardo o mundo. É nesta pequena caixa invisível que te toca, que te ama, que guardo o meu mundo. Aqui mesmo, onde o Nada não se ouve, mas se sente infinito, guardo este pequeno mundo. Neste espaço.
Não, aqui não falarás de tempo, essa morte não cabe nesta caixa, essa morte não abraça o infinito. Não, nesta caixa não te ouvirás, nunca no infinito caberá a dor que nasce, apenas na morte. Ao ser tempo, essa dor não cabe num espaço, não neste espaço.
Porque guardo então esta caixa? Aqui não cabe o tempo, ou a dor, que tão humanos nos fazem. Porque quero então o mundo se nem dor, nem tempo, nem morte, lhe dão cor? Porque sei que esta caixa é infinita. Porque sei que, não sentindo nela consciência abraço a existência, que melancólica nunca nasceu em ilusão.
Não, não é por ser uma caixa que este espaço tem um fim. Não, não é ilusão. O infinito não compreende um tempo sem fim, apenas um espaço sem fim. A vida não morre por não ter onde brincar, morre por não ter mais quando brincar. E não morrerá nunca o parque onde brincou a semente, apenas lhe roubarão o Sol. Assim, mesmo quando o tempo não termina, ele continuará caminhando. E nada será infinito na essência, apenas permanentemente progressivo.
Roubei o tempo ao mundo que neste espaço pequeno guardo. Roubei-o. Agora o mundo é apenas este local, esta caixa, e nada muda, nada caminha. O Nada não morre, não envelhece, nunca.
Entra comigo nesta caixa, vem sentir o que te conto. Anda perder-te neste infinito imutável onde a tristeza ganha estranha tranquilidade. Não, não sairás. Não, não morrerás. Não, não sentirás dor.
Apenas serás infinita.
Não, aqui não falarás de tempo, essa morte não cabe nesta caixa, essa morte não abraça o infinito. Não, nesta caixa não te ouvirás, nunca no infinito caberá a dor que nasce, apenas na morte. Ao ser tempo, essa dor não cabe num espaço, não neste espaço.
Porque guardo então esta caixa? Aqui não cabe o tempo, ou a dor, que tão humanos nos fazem. Porque quero então o mundo se nem dor, nem tempo, nem morte, lhe dão cor? Porque sei que esta caixa é infinita. Porque sei que, não sentindo nela consciência abraço a existência, que melancólica nunca nasceu em ilusão.
Não, não é por ser uma caixa que este espaço tem um fim. Não, não é ilusão. O infinito não compreende um tempo sem fim, apenas um espaço sem fim. A vida não morre por não ter onde brincar, morre por não ter mais quando brincar. E não morrerá nunca o parque onde brincou a semente, apenas lhe roubarão o Sol. Assim, mesmo quando o tempo não termina, ele continuará caminhando. E nada será infinito na essência, apenas permanentemente progressivo.
Roubei o tempo ao mundo que neste espaço pequeno guardo. Roubei-o. Agora o mundo é apenas este local, esta caixa, e nada muda, nada caminha. O Nada não morre, não envelhece, nunca.
Entra comigo nesta caixa, vem sentir o que te conto. Anda perder-te neste infinito imutável onde a tristeza ganha estranha tranquilidade. Não, não sairás. Não, não morrerás. Não, não sentirás dor.
Apenas serás infinita.
0 Comentários:
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial