quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Erro?


E amar o fruto proibido, que melancolia me traz? Se não posso olhar-te, permite pelo menos que te ouça, por favor... Porque ouvir-te será o sonho que na noite me manterá acordado, na escuridão, no eterno.
Diz-me que ouviste a repetição, diz-me isso. Tens a lucidez que te permite a consciência do diamante que nunca de mim brilhou? Não anseio a verdade, esse demónio tão ilusório desistiu de mim há muito. E o orgulho que nesse instante conheceu a noite, a ele renuncio, desejando apenas que me lembres como uma estrela que brilha mais que uma mera criatura. Reside em ti a capacidade de me olhar como humano? Vês como me tornas mundano, mundano nesta tão ilusória ausência de lucidez? Bem sei que não te sonho como mereces minha Deusa, mas se puderes libertar-me prometo amar-te. Mas não como o amor se veste na vulgaridade daquele mundo. Apenas como o amor se veste no requinte dos sonhos de alguém. Alguém que não eu eu certamente, este ego não te merece. Ou conquistará ele a tua solidão?
Não consigo encontrar um trilho nesta maratona que não esteja já usado. E ainda assim, de toda a terra que já digeri, sou obrigado a deitar tudo ao chão. Sim, todo o nada vai embora com este amor, este amor que não é real. Mas aspiras tu à realidade? Há muito que me encontro longe dessa virgem. É com infinita arrogâcina que apenas em sonhos posso pensar que sou assombrado pelo mito da realidade. Tira-me daqui por favor, Não me leves a esse monstro. E agora, esperas que termine este "parágrafo" com algo que te leve onde um deserto sofre? Não minha Musa, para ti não reservo sonhos já corrompidos. Para ti apenas este zero, e acredita que esta oferta tem tudo de mim. Tudo de mim, tudo de mim...

0 Comentários:

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial