terça-feira, 21 de outubro de 2008

Destroços

E se te disser que quero mesmo morrer? Continuarás a tentar manter-me debaixo do destroços de um amor que nunca foi nosso, mas meu? Não me digas que não, deixa-me , por favor, cantar a tristeza que já não é semente, uma última vez... Deixa-me cantá-la, deixa-me morrê-la, deixa-me... Já te sussurrei que quero mesmo morrer...
Não quero que me mates, já o fizeste ao conquistar o espelho que nunca foi meu irmão, mas sim, sempre, minha sombra... Quero deitar-me, sentir o céu esmagar-me o peito vazio, sentir o mundo queimar-me as costas marcadas, sentir o ar fugir da minha alma angustiada, aterrorizada...
Aqui nesta janela tão brilhante, encontro-te sempre a tirar-me o horizonte. Nesta janela tão brilhantemente perfeita, és apenas o meu horizonte, o horizonte que não quero alcançar, que não quer ser alcançado, nem através de uma lágrima... Deixa-me, por favor deixa-me...
Teremos sempre o sonho, encontrarás conforto no seu peito. E eu serei sempre o eterno espectador que te vê consumir a somra que mora no meu espelho...

1 Comentários:

Blogger Malograda disse...

Achei este texto bonito.. mas nao sei que dizer em relaçao a ele...

Tenho saudades de ti..*

domingo, 26 outubro, 2008  

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