Tristeza
Não vejo nesta infância tão permanente a contemplação de uma tristeza que sempre se separou da angústia. Nesta tristeza que eu quero que o mundo ame não encontrarão sofrimento, nunca. E a angústia será sempre uma sombra que, para vós, não passará de uma memória.
Adorava ver no mundo esta loucura, loucura de ver que na tristeza bebemos a única eternidade que podemos alcançar. A eternidade de olhar a tristeza, de a deixar seduzir a nossa existênica, de nos deixar-mos embalar por ela, beijando-a também nos momentos secretos, sorrindo...
Esta loucura tão bela, loucura de amar a tristeza, permitiu-me o sorriso que acompanha cada lágrima, levou-me á solidão e á melancolia, é felicidade. A felicidade de sentir no ar que o mundo é tristeza, a felicidade de sentir que na morte encontrarei o absoluto, mergulhando na melancólica certeza de que a felicidade me beijou, eternamente perpétua. E saber que a angústia não me acompanhou, nunca, traz-me o mais triste sorrir, a mais feliz das lágrimas...
Não há angústia no nada, e a tristeza é o nada que me faz sentir tudo, a melancólica felicidade...
Sou sóbrio nesta loucura, só nesta loucura. Apenas com ela consigo viver o silêncio, sentir a despedida de um adeus, desmaiar na morte, sonhar com a morte. E apenas nesta tristeza consigo aceitar a espera em que a morte me mantém, apenas na tristeza posso acalmar o meu desejo de não viver... Só á tristeza dedico o meu viver, só ela me dá esta loucura, esta paz, esta melancolia...
Amem esta loucura, vivam a loucura contemplativa de amar a tristeza e sejam loucamente tristes... Sem angústia, pois um louco não pensa, contempla... Tristemente...
Adorava ver no mundo esta loucura, loucura de ver que na tristeza bebemos a única eternidade que podemos alcançar. A eternidade de olhar a tristeza, de a deixar seduzir a nossa existênica, de nos deixar-mos embalar por ela, beijando-a também nos momentos secretos, sorrindo...
Esta loucura tão bela, loucura de amar a tristeza, permitiu-me o sorriso que acompanha cada lágrima, levou-me á solidão e á melancolia, é felicidade. A felicidade de sentir no ar que o mundo é tristeza, a felicidade de sentir que na morte encontrarei o absoluto, mergulhando na melancólica certeza de que a felicidade me beijou, eternamente perpétua. E saber que a angústia não me acompanhou, nunca, traz-me o mais triste sorrir, a mais feliz das lágrimas...
Não há angústia no nada, e a tristeza é o nada que me faz sentir tudo, a melancólica felicidade...
Sou sóbrio nesta loucura, só nesta loucura. Apenas com ela consigo viver o silêncio, sentir a despedida de um adeus, desmaiar na morte, sonhar com a morte. E apenas nesta tristeza consigo aceitar a espera em que a morte me mantém, apenas na tristeza posso acalmar o meu desejo de não viver... Só á tristeza dedico o meu viver, só ela me dá esta loucura, esta paz, esta melancolia...
Amem esta loucura, vivam a loucura contemplativa de amar a tristeza e sejam loucamente tristes... Sem angústia, pois um louco não pensa, contempla... Tristemente...
2 Comentários:
Eu gostei tanto deste texto quando o li que tive q passar a ultima frase a uma pessoa que conheço. Claro está que esta tem direito de autor :P
Primeiro de tudo tenho a contestar o seguinte : " pois um louco não pensa, contempla... Tristemente..."
Concordo com a parte de um louco contemplar tristemente, mas nao concordo com o facto de nao pensar, por este pensar demais é que é louco.
"Não há angústia no nada, e a tristeza é o nada que me faz sentir tudo, a melancólica felicidade..."
Há angustia no nada, e o nada é o vazio. E este é mais angustiante (muito mais) que a tristeza. Porque quando se sente a tristeza e a melancolica felicidade que falas, estás a sentir algo. Agora quando nada sentes.. e tudo é vazio. Tudo é indiferente, acaba por ser angustiante ao te aperceberes que nada sentes, snao o nada. É uma ideia que tenho uma certa dificuldade de explicar e nao sei se vais perceber, senao perceberes um dia pede-me para tentar explicar melhor..
Gostei do teu blog! Se puder me visite, http://sindromemm.blogspot.com
Valeu!
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